Chamados para estar com Jesus

Sexta-feira da 2ª Semana do Tempo Comum
24 de janeiro de 2025
São Francisco de Sales – Memória

 

Leituras:

Hb 8,6-13

Sl 84(85),8 e 10.11-12.13-14

Mc 3,13-19

(Acesse aqui)

 

Por Pe. Geraldo Martins

 

No início de sua missão, uma das primeiras atitudes de Jesus foi organizar um pequeno grupo que o acompanhasse. Trata-se, verdadeiramente, de uma pequena comunidade. Aliás, era comum no tempo de Jesus que os pregadores tivessem seguidores. João Batista também tinha seus discípulos. Com Jesus ocorreu o mesmo. Podemos nos perguntar, no entanto, qual a diferença do grupo de Jesus em relação aos demais.

Em primeiro lugar, observe-se que o próprio Jesus é quem chama seus discípulos e o faz livremente – “chamou os que Ele quis” (Mc 3,13). Que critérios usou em sua escolha? Teria chamado os mais importantes? Os mais inteligentes ou sábios? Os mais ricos? Os mais disponíveis e generosos? Os mais capazes?... Os critérios de Deus são sempre diferentes dos nossos como lembra Isaías: “Meus pensamentos não são vossos pensamentos, e vossos caminhos não são meus caminhos” (Is 55,8).


Em segundo lugar, Marcos diz que Jesus designa doze apóstolos para ficar com Ele a fim de que sejam enviados para a missão. Ficar com Jesus significa, antes de tudo, assumir sua vida, seu projeto, sua missão. Aprender com Ele a relacionar-se com o Pai e com o povo. Jesus é o mestre a ensinar seus discípulos. Para aprender as lições do mestre é preciso ficar com ele. Essa é a condição para ser apóstolo. Ficar com Jesus, portanto, precede a missão.


Jesus continua chamando os que Ele quer. Ensina São João Paulo II que “é sempre Cristo – diretamente ou pelo seu ‘sacramento universal da Salvação’ que é a Igreja – quem torna perceptível o chamamento divino para um trabalho que é colaboração pessoal com Ele. Assim Ele fez com os primeiros Apóstolos: ‘Chamou a Si os que Ele quis e eles foram-se para junto d’Ele’ (Mc 3,13; cf. Mc 6,7). A resposta depende da generosidade do coração de quem é chamado, pois Aquele que chama deixa sempre a liberdade de opção” (João Paulo II – visita ao Brasil – 5.7.1980). 


Como temos respondido ao chamado que Cristo nos faz?


Ó Pai, fazei que ouçamos o chamado do vosso Filho e nos coloquemos à sua disposição para partir em missão a fim de anunciá-lo aos irmãos e irmãs.

Comentários

  1. Leitura da Carta aos Hebreus.
    Em Cristo, Deus fez uma aliança com os homens, e assim todos podem ser criaturas novas.
    A nova aliança tem suas raízes muito mais profundas do que a antiga aliança, baseada na lei; agora ela está firmada no coração humano e faz de toda criatura um ser novo.

    Cristo chamou os que Ele quis. Escolheu-os para que ficassem com Ele e também anunciassem a boa-notícia do Reino.
    Os discípulos, estando próximos de Jesus, aprendem dele o novo jeito de ser e de ensinar. Ele lhes dá o testemunho de sua própria vida ensina-os a partilhar sua missão.

    Senhor, nos ajude a ouvir o teu chamado e abra o nosso coração, para dizer sim ao teu Filho Jesus, e nos dê sabedoria para anunciar a boa nova aos nossos irmãos e irmãs. Amém

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  2. Os critérios de Deus são sempre diferentes dos nossos como lembra Isaías: “Meus pensamentos não são vossos pensamentos, e vossos caminhos não são meus caminhos” (Is 55,8).

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