Encontros que libertam

Quarta-feira da 1ª Semana do Tempo Comum

15 de janeiro de 2025

Leituras:

Hb 2,14-18

Sl 104(105),1-2.3-4.6-7.8-9

Mc 1,29-39

(Acesse aqui)

Por Pe. Geraldo Martins

Acompanhamos Jesus em um dia de missão que começou na sinagoga. Em seguida, foi à casa de Pedro e curou sua sogra. No final do dia, “depois do por do sol” (Mc 1,32), curou “os doentes e os possuídos pelo demônio” (Mc 1,32). Na madrugada, colocou-se em oração em lugar deserto e partiu novamente em missão, agora, para outras “aldeias da redondeza” (Mc 1,38).

Itinerante, Jesus vai ao encontro das pessoas onde elas estão a fim de comunicar-lhes a vida nova que anuncia a chegada do Reino de Deus. Seu poder cura tanto a dor física quanto a dor espiritual. Assim, expulsa demônios e cura dos males físicos, como fez com a sogra de Pedro. Aqui, ele não usa nenhuma palavra, apenas gestos: aproxima-se, pega sua mão e a ajuda a levantar-se (Mc 1,31).

Lembra o Papa Francisco: “o poder curativo de Jesus não encontra resistência alguma; e a pessoa curada retoma a sua vida normal, pensando imediatamente nos outros e não em si mesma - e isto é significativo, é sinal de verdadeira saúde!” (7.2.21). Sentimo-nos assim também?

Os gestos, quando movidos pela compaixão e pelo amor, são regeneradores. Curam e libertam. Estão ao alcance de todos. Se nos revestimos dos mesmos sentimentos de Cristo (cf. Fl 2,5) e estendemos nossa mão a quem precisa, também seremos capazes de aliviar a dor e o sofrimento de tantos irmãos e irmãs prostrados pela febre da pobreza, da exclusão, da marginalização.

Outras duas atitudes de Jesus nos chamam atenção ainda. Ele levanta de madrugada para rezar em lugar deserto. A oração é a fonte salutar para quem quer perseverar no caminho do discipulado. Sem a intimidade com o Pai, não seremos capazes de cumprir nossa missão. Como está nossa vida de oração? Qual a qualidade de nossa oração?

Por fim, Jesus ensina que a mensagem do Reino tem que chegar a todos, por isso, precisa ir a outras aldeias. Ele não se deixa aprisionar por nenhum grupo ou situação. O missionário é sempre um retirante, um itinerante. Não se acomoda na zona de conforto. Assume o risco da caminhada e vai ao encontro dos outros.

Ó Cristo, toma-nos pela mão, cura-nos da febre da indiferença, do desânimo, do cansaço. Enche-nos com tua coragem e disposição e envia-nos ao encontro de nossos irmãos e irmãs a fim de comunicar-lhes tua Palavra que liberta e salva. Amém!