Enviado para libertar os pobres

Quinta-feira depois da Epifania
9 de janeiro de 2025

Leituras:
1Jo 4,19-5,4
Sl 71(72),1-2.14 e 15bc.17 
Lc 4,14-22a

Por Pe. Geraldo Martins

Jesus está, de novo, em sua terra, Nazaré, na Galileia, pregando e ensinando “com a força do Espírito” (Lc 4,14). Na sinagoga, num sábado, ele proclama o texto de Isaías que define sua missão: anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação dos cativos, dar vista aos cegos, libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor (cf Lc 4,18-19). Esse é seu programa de vida.

No centro de sua missão está, portanto, a vida e a libertação dos pobres e oprimidos. Essa deve ser também nossa missão se quisermos nos identificar como discípulos e discípulas de Jesus. O Papa Francisco manifesta seu desejo de uma “Igreja pobre para os pobres” (EG 198), fazendo-nos lembrar a “opção preferencial pelos pobres” assumida pela Igreja da América Latina na Conferência de Medellin (1968).

Ensinam os bispos da América Latina que é preciso distinguir entre pobreza como carência dos bens necessários para uma vida digna, pobreza espiritual e pobreza como compromisso. A primeira “é um mal em si”; a segunda é “a atitude de abertura para Deus, a disponibilidade de quem tudo espera no Senhor” e a terceira é “assumida voluntariamente e por amor à condição dos necessitados deste mundo, para testemunhar o mal que ela representa e a liberdade espiritual frente aos bens do Reino” (cf. Documento de Medellin, n. 14).

Nunca é demais recordar que a “opção pelos pobres é mais uma categoria teológica que cultural, sociológica, política ou filosófica” (Papa Francisco, EG 198) e que ela está “está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8,9)” (Bento VI).

Urge reafirmar nossa opção pelos pobres, sobretudo na atual conjuntura em que cresce a desigualdade social, fazendo aumentar a dor e o sofrimento dos que a sociedade exclui e descarta. Lembremo-nos de que “assumindo com nova força essa opção pelos pobres, manifestamos que todo processo evangelizador envolve a promoção humana e a autêntica libertação ‘sem a qual não é possível uma ordem justa na sociedade’” (Documento de Aparecida, 399).

Senhor, ajuda-nos a viver a autêntica opção pelos pobres assim como fez teu Filho Jesus, nosso libertador. Amém. 

Comentários

  1. Leitura da primeira Carta de São João.
    A origem do amor é Deus, que nos amou primeiro. Pela fé sabemos que Deus nos ama, e como amados,t também devemos amar.

    "Cumpriu-se o tempo da redenção ",e Jesus nos oferece as primícias dessa revelação sublime:"Hoje cumpriu-se esse trecho da Escritura "!

    Uma das grandes urgências de nosso tempo é a de nos fazermos próximo dos outros. O medo, a indiferença, a insegurança e o esfriamento das relações humanas nos distanciam um dos outros. A atitude de Deus é diferente: Ele se fez próximo de nós! A a prova é seu Filho Jesus Cristo, que na sinagoga de Nazaré afirmou: "Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura". É com fé na presença do Reino que teremos a força necessária para vencer a urgência de nos fazermos próximo dos outros.

    Senhor, faz-nos próximo uns dos outros assim como fez o teu Filho Jesus nosso libertador. Amém

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  2. Senhor, ajuda-nos a viver a autêntica opção pelos pobres assim como fez teu Filho Jesus, nosso libertador. Amém.

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