23 de janeiro de 2025
Leituras:
Hb 7,25-8,6
Sl 39(40),7-8a.8b-9.10.17
Mc 3,7-12
Por Pe. Geraldo
Martins
Além desses, havia inúmeros
outros que vinham de vários lugares “porque tinham ouvido falar de tudo o que
Jesus fazia” (Mc 3,8). Eram os pobres, marcados pela dor da enfermidade e da
exclusão. Buscavam a cura, a vida! Sabendo que Jesus “tinha curado muitas
pessoas” (Mc 3,10), lançavam-se sobre ele com a esperança de também serem
curados. E não se decepcionavam. Eram todos acolhidos e atendidos por
Jesus.
Dois aspectos ainda chamam
atenção neste texto de Marcos. O primeiro é quando Jesus pede que lhe
providenciem um pequeno barco para que não fosse comprimido pela multidão (cf
Mc 3,9). Podemos imaginar, então, o empurra-empurra que todos faziam com o
desejo de se aproximar de Jesus. Com seu gesto, Jesus cuida de preservar a vida
de todos sem se afastar do povo a quem continua dirigindo sua palavra de vida e
de esperança. O povo nunca cansa Jesus.
Em segundo lugar, é curioso que a
afirmação de quem é Jesus venha dos espíritos maus que ele expulsa – “tu és o
Filho de Deus!” (Mc 3,11), gritam eles. Repreendidos por Jesus, eles se calam.
A preocupação de Jesus é que o povo não tenha uma compreensão errada de sua
missão e de seu ministério. Jesus não é um curandeiro, um milagreiro. Ele é o
salvador e libertador que veio para resgatar os que viviam na indignidade e na
invisibilidade.
Diante desta cena narrada por
Marcos, reflitamos: com quem nos identificamos nesta multidão: com os que
seguem Jesus ou com os que o procuram por ter ouvido o que Ele faz? Com que
intenção o procuramos: para nos tornar seus discípulos ou apenas para nos beneficiar
da cura daquilo que nos incomoda?
Lembra o papa Francisco: “para
Jesus não é suficiente que as pessoas o procurem, Ele quer que elas o conheçam;
quer que a busca d’Ele e o encontro com Ele vão além da satisfação imediata das
necessidades materiais. Jesus veio para nos trazer algo mais, para abrir a
nossa existência a um horizonte mais vasto em relação às preocupações
quotidianas do alimentar-se, do vestir-se, da carreira, e assim por diante”
(5.8.2018). Nunca nos esqueçamos disso.
Ó Cristo, queremos ser teus
discípulos e discípulas. Ensina-nos como podemos tocar em ti a fim de que,
libertos de tudo que nos impede de viver com alegria, nos coloquemos a serviço
de nossos irmãos e irmãs. Amém!
Amém
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirLeitura da Carta aos Hebreus.
ResponderExcluirCristo levou a humanidade a uma verdadeira comunhão com Deus porque, por sua encarnação, a natureza humana foi introduzida na intimidade divina.
Cristo, novo e eterno sacerdote, é quem eleva nossa humanidade, purificando-nos levantando-nos à comunhão com Deus.
Jesus mostra a face paterna do Pai, por isso deixa acercar-se da multidão dos doentes curados e daqueles que esperam sua cura.
Sem distinção de origem, Jesus acolhia a todos e a todas fazia bem. Deixava neles as marcas do bem e do Reino, e fazia- os renascer para a vida e para a esperança.
Senhor, liberta-nos de tudo que nos impede de viver com alegria e esperança e nos coloca a serviço dos irmãos e irmãs, nos liberta, nos cura de todo que nos impede de tocar em Ti. Amém
Jesus não é um curandeiro, um milagreiro. Ele é o salvador e libertador que veio para resgatar os que viviam na indignidade e na invisibilidade.
ResponderExcluirAmém
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